Atendimentos individuais de Orientação Pedagógica

Para agendar atendimentos individuais de Orientação Pedagógica, escreva para piape@contato.ufsc.br 

Em relação à orientação pedagógica, conforme Adolpho Hoirisch (1993), desenvolvida individualmente ou em grupos, é fundamental considerar os fatores intervenientes nos processos de aprendizagem e na inserção ao meio acadêmico, visando reduzir os níveis de ansiedade, impedir a interrupção dos cursos em razão de fatores pessoais ou outros intervenientes, minimizar os problemas de desempenho em decorrência de ansiedade e tensão, atenuar ou evitar crises emocionais e o surgimento de doenças mentais, colaborar para uma saúde mental mais equilibrada, facilitar aos estudantes a identificação dos fatores que interferem negativamente em seus desempenhos acadêmicos, proporcionar condições para a busca e implementação dos problemas por parte dos(as) estudantes, favorecer a mobilização de recursos pessoais e intelectuais para o aperfeiçoamento do processo de aprendizagem, proporcionar um espaço de escuta e compartilhamento das experiências e dificuldades relacionadas à vivência universitária.

As atividades de Orientação Pedagógica, portanto, relacionam-se ao processo de aprendizagem em sentido amplo. No primeiro caso, a partir da necessidade do(a) estudante ou de encaminhamento realizado por docentes ou pela Coordenação do Curso, é agendado um horário semanal a partir do qual inicia-se um processo de acompanhamento da trajetória acadêmica discente. No segundo caso, quando em grupos, as atividades de Orientação Pedagógica, são realizadas semanal ou quinzenalmente, conforme a proposta do grupo. Além destas modalidades também são ofertadas palestras, minicursos, oficinas, rodas de conversas e outras.

Os atendimentos individuais ou em grupos de orientação pedagógica são efetuados preferencialmente por pedagogos(as) ou psicólogos(as). Os atendimentos pedagógicos individualizados semanais ou quinzenais devem ser agendados por e-mail ou diretamente nas coordenações do PIAPE e têm a duração necessária a partir da realidade de cada estudante, não possuindo um limite temporal. Não havendo disponibilidade de horários para início imediato uma fila de espera pode ser criada.

As temáticas a serem trabalhadas, prioritariamente, são as seguintes:

  1. Acolhimento;
  2. Facilitação na apropriação do ambiente universitário e integração às novas exigências e à rotina da universidade
  3. Construção do perfil discente;
  4. Reconhecimento das áreas de interesses e habilidades acadêmicas;
  5. Organização e gestão do tempo e das rotinas acadêmicas no Ensino Superior;
  6. Preparação para as aulas e organização dos estudos;
  7. Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos/conteúdos das disciplinas;
  8. Estratégias metodológicas para sistematização de estudos: resumos, mapa mental, anotações de aula, fichamentos;
  9. Estratégias de aprendizagem e identificação da utilidade das mesmas a partir de cada estudante;
  10. Desenvolvimento de estratégias de concentração e atenção durante os estudos: Técnica Pomodoro, realização de anotações, etc.
  11. Aprimoramento e autorregulação de processos de estudar e aprender;
  12. Aprimoramento da motivação e segurança pessoal para as atividades acadêmicas na universidade;
  13. Ampliação do conhecimento declarativo e instrumental para melhoria das condições de estudo;
  14. Colaboração para a autopercepção e identificação de estratégias de enfrentamento necessárias conforme o perfil de cada discente;
  15. Estímulo à construção de comunidades de aprendizagem e a construção de vínculos e conexões intelectuais, institucionais e afetivas ao longo dos processos formativos no Ensino Superior;
  16. Auxílio em demandas e necessidades socioemocionais, de acessibilidade e relacionais para a permanência e plena inserção no Curso e na Universidade;
  17. Promoção de estratégias que colaborem para um ambiente acadêmico saudável e equilibrado.

A orientação pedagógica assume o papel de colaboradora do processo pedagógico e está intrinsecamente alinhada ao processo de ensino e de aprendizagem. Apresenta uma abordagem interdisciplinar, intersubjetiva, coletiva, participativa, dialógica e contextualizada política e culturalmente com a comunidade acadêmica, a fim de promover reflexões, debates e ações com vistas à permanência, êxito estudantil e redução ou erradicação do sofrimento acadêmico e promoção da saúde física e socioemocional.  A orientação opera, portanto, como mediadora entre o(a) estudante e o contexto universitário, procurando articular as diferentes vozes dos(as) protagonistas da instituição, na construção de diálogos necessários ao(à) cidadão(ã) e profissional que se quer formar e, nessa direção, atua junto à realidade da comunidade acadêmica, procurando identificá-la, interpretá-la e ressignificá-la. Sendo assim, como discorre Mírian Paura Sabrosa Zippin Grinspun e Org. (1998, p.27) a “orientação trabalharia na mobilização para o conhecimento, […] em busca de uma cultura institucional, […] na construção de um homem que se quer mais crítico, mais participativo e mais consciente de seus direitos e deveres, […] promoveria o desenvolvimento da linguagem […] através do diálogo, […] trabalharia a questão da afetividade e cognição, […] a questão da totalidade […] que ajudam a formar o homem para o tempo de amanhã”

Dessa forma, suas atividades e ações se ancoram às necessidades e possibilidades de um enriquecimento coletivo, pois auxiliam o(a) docente no seu campo de ação, favorecem as relações entre o desenvolvimento e o aprendizado, as questões socioculturais e toda a dinâmica pedagógica que permeia as interações no ambiente acadêmico.